terça-feira, 8 de novembro de 2011

SOBRE FEITIÇARIA

Feitiçaria é o nome dado à prática ou celebração de rituais, orações ou cultos com ou sem uso de amuletos ou talismãs por parte de adeptos do ocultismo, com vista à obtenção de resultados, favores ou objetivos que via de regra não são da vontade de terceiros. Em tempos remotos, os feiticeiros eram considerados curandeiros porque procuravam curar mesmo sem conhecimento de medicina, e como gozavam de considerável influência em diversas comunidades, tornavam-se líderes religiosos ou conselheiros nos agrupamentos humanos a que pertenciam..

Os feiticeiros desempenharam um papel importante no decurso da História, e por isso os povos primitivos, as pessoas de instrução precária, ou influenciadas por concepções e preceitos religiosos, ainda hoje aceitam a idéia de que indivíduos portadores de princípios maléficos são capazes de fazer com que seus pretendidos dons sobrenaturais atuem sobre terceiros, sobre animais ou algo mais. Muitos povos primitivos têm verdadeira veneração pelos feiticeiros, acreditando, por exemplo, que a relação com o sobrenatural lhes confira o conhecimento das causas ocultas das doenças. É o caso, por exemplo, dos pajés dos índios sul-americanos, que se valem das plantas medicinais e de outras práticas médicas para curar determinadas doenças.

A feitiçaria é uma prática tão antiga que o texto bíblico (Deuteronômio, 18:9/13) faz menção a ela, advertindo: “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te há de dar, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho, ou a sua filha, nem quem se dê a adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, às adivinhações ou à evocação dos mortos, porque o Senhor teu Deus abomina aqueles que se dão a essa prática”. Mas essa recomendação de pouco adiantou. Na Idade Média, tempos da Inquisição, página negra da história do cristianismo, milhares de homens e mulheres foram acusados de feitiçaria e por isso torturados e mortos, porque os tribunais eclesiásticos assim determinavam. A intolerância religiosa daquela época atingiu tal intensidade, que a imaginação popular chegou a atribuir às bruxas a capacidade de voar em vassouras, tema da figura de Goya que ilustra esta página.

Existem atualmente muitos espaços na internet ocupados com a divulgação da feitiçaria, e em um deles (www.geocities.com/alexandretarot/feiticaria.html) lê-se que “feiticeiros e feiticeiras, bruxos e bruxas, ainda existem e vivem entre nós, em pleno século 21. Mais do que simples crendices, a magia ganhou e ganha cada vez mais es-paço em nossa sociedade, alcançando resultados que a ciência não consegue explicar. A magia sobreviveu ás perseguições da Idade Media, ao racionalismo empírico do século 19. e mesmo ao espantoso progresso tecnológico do século 20. Se a Magia não funcionasse, ninguém recorreria a ela, da mesma forma que se os carros não funcionassem, ninguém os compraria e conduziria. A Magia segundo os feiticeiros é a capacidade de manipular forças que podem ser espirituais ou da natureza, para obter fenômenos ditos sobrenaturais. É uma arte, ou ciência que se aprende”.

Mas adverte: “Dessa forma, qualquer um pode aprender a feitiçaria, mas como em qualquer ‘profissão’ as pessoas podem possuir maior ou menor talento, existindo desde os verdadeiros ‘gênios’ da feitiçaria, até aos mais medíocres praticantes. Da mesma forma que muitos estudam e exercem ciências, mas nem todos podem ser um da Vinci ou um Einstein, igualmente muitos praticam a magia, sendo que uns tem elevados níveis de sucesso e outros nem por isso….”

O mesmo acontece nos livros encontrados em qualquer loja do ramo, como no intitulado “Curso e pratica da magia e outros feitiços para tudo”, cujo texto de apresentação explica que nele “você encontrará mais de 123 magias para todos os fins. Inclui os 2 volumes em um só. As magias são ensinadas na pratica para qualquer ser humano realizar por si só e sem nenhum problema, magias para sua melhora financeira, magia para amarração de homens e mulheres, proteção, matar inimigo, evocação de seres das trevas para pacto, alta magia, limpeza de sua casa para evitar negativismo e energias ruins, parte especial de banhos para todos os fins, prever futuro, diversos rituais nunca antes revelados, vampirismo psíquico e muito mais. É realmente fantástico o mundo oculto das magias e tão simples quando se sabe o correto caminho para se ter êxito. Nessa apostila se ensina tudo mesmo, passo a passo e por valor simbólico. Você decide”. E o seu autor garante: “Todas as magias funcionam na pratica. São quase 5 anos de estudo. Confie e cresça, a força é sua”.

Opinando sobre o assunto, o escritor americano Stephen King diz que “a beleza da mania religiosa é que ela tem o poder de explicar tudo. Uma vez que Deus (ou Satã) são aceitos como a primeira causa de tudo que acontece no mundo mortal, nada é deixado à sorte... a lógica pode ser alegremente jogada pela janela". Nessa mesma linha de pensamento, um entendido em feitiçaria garante que ela é o recurso alternativo para as angústias mais urgentes - amor e dinheiro -, porque os queixosos esgotaram suas esperanças em outras ‘portas’. Hoje, a saúde que escapa à medicina dos alopatas e homeopatas contemporâneos, procura os terapeutas "alternativos", os "holísticos", que na verdade resgatam e aprimoram tradições metafísicas arcaicas. Nos postes e muros das cidades, cartomantes oferecem milagres: "Seu amor em sete dias!". Publicam anúncios em revistas. Atendem por telefone.

Como as insatisfações nas esferas de amor e dinheiro são demandas urgentes que escapam aos apelos do bom senso, desafiando a paciência e provocando reações de desespero, os padres, pastores, monges e médiuns nada podem oferecer nesses casos, além de belas palavras de consolo, promessas, orações e conselhos. Diante da decepção, o homem é assaltado pela tentação de recorrer à feitiçaria, e se assim o desejar, não encontrará dificuldade em encontrar o que procura porque existe, mesmo na metrópole de cimento e aço que exala racionalidade, um tipo de feiticeiro disposto a lhe providenciar a solução desejada.



Este texto também foi publicado em www.efecade.com.br, que o autor está construindo. Visite-o e deixe a sua opinião.

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=510684

terça-feira, 1 de novembro de 2011

LEIS DA FEITIÇARIA

As pessoas acreditam que magia e ciência são coisas antagônicas. Não para o Odinismo. Para um pagão, magia e ciência andam lado a lado, de mãos dadas. O neopaganismo nórdico é estruturalmente reconstruído e sem o auxílio da ciência, da história, da arqueologia, etc. não poderia compreender grande parte da religiosidade viking que hoje nos é legada. Os ancestrais nórdicos que usavam da feitiçaria, das artes mágicas, legaram que ciência e magia são tecidas do mesmo material: a fé e a vida. A magia entre os nórdicos, na maioria das vezes, era empírica e algo caseiro, rural. Não havia um sentimento de compreensão acadêmica dos fatos. Entretanto o entendimento existia implicitamente nestas práticas.



As leis da feitiçaria, no hermetismo, são paralelas às leis da física. Estas leis foram legadas na Grécia antiga por Hermes, segundo alguns estudiosos. Na realidade Hermes, parece ter sido um deus indo-europeu universal que ensinou astrologia, alquimia e as muitas práticas mágicas que estão no cerne da Feitiçaria. Sua presença foi marcante desde os nativos americanos (como os ardilosos deuses Corvo, Coiote ou Lebre) até o Egito (Thoth). De seus ensinamentos para a humanidade há tantos séculos atrás nasceram as ciências modernas. Isso em muito se compara ao mito do deus Odin, que regia a morte, a magia, a guerra, os caminhos, as viagens, as caçadas, as runas, o saber, a prudência, o comércio, a poesia, e uma série de outros atributos que o tornam um dos deuses mais complexos da Idade Antiga.



A intenção destes escritos não é impor um conceito estrangeiro dentro dos credos Odinistas. O objetivo é auxiliar o odinista que almeja praticar magia e compreendê-la e a ter um entendimento de seus mecanismos sob outras primas, uma vez que os próprios vikings, ou qualquer outro povo germânico, infelizmente, não nos legaram estes tipos de estudos. De acordo com estudo de analogia tentamos sobrepor às regras herméticas alguns pontos da magia nórdica.



A analogia será feita em cima do “Kyballion”, um antigo manuscrito hermético, voltando-se para nossas intenções obviamente, o paganismo nórdico.



Não me surpreendo que os físicos estejam revendo antigos princípios herméticos, pois qualquer feiticeiro sabe que as relações da terra, do corpo e da alma estão ligadas aos valores científicos. É preciso modernidade, compreensão.



A feitiçaria é um sistema baseado em hipóteses que podem ser testadas sob condições controladas. Os feitiços são experimentos “passo-a-passo” que produzem resultados estatísticos dos quais podemos derivar as nossas taxas de êxito, segundo a autora Laurie Cabot, pagã, de Massachussets. Assim, levamos em conta os ingredientes físicos usados, a data e a hora, as condições metereológicas/asatrológicas, o estado psicológico, espiritual e físico da pessoa, as marés de poder e o acesso a determinadas técnicas de sistemas mágicos afetam o desfecho do experimento e determinam as probabilidades de um sortilégio, uma bastão mágico, um martelo sagrado, uma runa ou um sacrifício funcionar. Isso é feitiçaria.



As leis da feitiçaria, segundo o “Kyballion” são sete. Todas elas formam um sistema mágico que pode ser estudado e praticado a quem estiver disposto a esforçar-se ao aprendizado, seja seguidor de qualquer tradição mágica.



O Odinismo não almeja absorver conceitos alheios àqueles que nos foram legados, mas não é uma religião ignorante de seu meio, e acima de tudo, deseja incessantemente a compreensão dos mundos, o saber universal. Aquilo pela qual Odin tanto se flagelou em Yggdrasil. As leis da feitiçaria são: Mentalismo, Correspondência, Vibração, Polaridade, Ritmo, Gênero e Causa–Efeito.



- Lei do Mentalismo – O universo é mental. Isto quer dizer que todos os mundos, ou universo fenomenal, são simplesmente criações mentais do TODO, e que o universo tem sua existência na mente Deste. Assim, temos que Odin, Wili e Wé pensam para que possamos existir e eles nos concedem vida, e existência: somos um produto da mente deles. O mesmo fazem com os nove mundos. Os Três são o que é chamado de Mente Divina, pois a criação começou com uma idéia da Mente Divina e continua a viver, a mover-se e a ter seu ser na Divina Consciência. Diz-se que quando Odin se ausenta em seu governo, Vili ou Vê descem e governam em seu lugar, em tudo, o que prova que é um ciclo de manutenção como o Sol que nasce, cresce e morre todos os dias, ou as fases da lua, ou o inverno, a primavera e o verão, etc. A física diz que fenômenos do mundo material têm seu esteio numa ordem generativa e formativa chamada inteligência objetiva, ou seja, toda a matéria é consciência em processo de evolução. Nós dizemos que essa consciência em evolução é a mente dos Deuses, é a Mente Divina. E a mente está em constante movimento, em transformação.



A física ainda diz que a substância subatômica básica para existência de qualquer coisa no universo é a informação (a filosofia clássica também diz isso), ou seja, Od, a energia, o êxtase de que tudo é feito. A interação de partículas opostas e complementares no universo forma a criação, e o caos. A partir deste surge a ordem. Estas partículas são Muspel e Nifhel que ao se chocarem formam a unicidade, a existência mínima.



Todo o conhecimento existe na Mente Divina, a qual constantemente flui e reflui em nossas mentes porque nossas mentes individuais não estão separadas da Mente Divina, Os Três, que nos criaram. É claro, não estamos conscientes de “todo o conhecimento” em qualquer momento dado porque seria uma tarefa exorbitante para nós manuseá-lo e processá-lo. Acabaríamos loucos. Os cinco sentidos, o Angit e o Sefa, no nosso Ferth (ver sobre as subdivisões da Hamr, da alma) atuam como um filtro em relação a todas estas informações. Eles bloqueiam uma considerável soma de estimulação diária a fim de impedir que sejamos esmagados por todo conhecimento que nos bombardeiam de minuto a minuto. Sem filtrar muita das imagens vistas, sons, cheiros, até idéias, não seríamos capazes de nos concentrar nas tarefas específicas em mãos. Mas, sob condições corretas, podemos moderar em favor próprio esta filtragem, ou desligá-la por algum momento, e nestes instantes de consciência alterada, atingidos o Od, o conhecimento universal, vivo na Mente Divina, torna-se acessível. Abrimo-nos para a Mente do Todo. Deixamos o conhecimento entrar. E como Odin ensinou a Loki, podemos ser Despertos. Seremos diferentes dos Adormecidos, então.



- Lei da Correspondência – “Como em cima, assim embaixo; como embaixo, assim em cima.”. Esse princípio é importante porque faz-nos lembrar que vivemos em um universo que é composto e compartilhado por mais de um mundo. Nove mundos na nossa tradição. Muspelheimr (Morada do Fogo), Nifhelheimr (Morada da Névoa), Jöttunheimr (Morada dos Gigantes), Mídgard (Terra do Meio), Svartalfrheimr (Morada dos Elfos Negros, ou Nidavelir, a Terra dos Anões), Hel (palácio dos mortos), Ljossálfheimr (Morada dos Elfos Brancos), Aesgard (lar dos Aesir), Vanaheimr (Morada dos Vanir). Vivemos nas coordenadas de espaço-tempo que percebemos no exuberante plano físico, mas também vivemos num domínio sem espaço nem tempo que é independente do universo físico: o Ginnungagap e sua estrutura organizada no macrocosmo que podemos compreender sendo Yggdrasil, o freixo universal, o abismo preenchido e ordenado. A nossa visão microcósmica de Midgard impede-nos de perceber o imenso macrocosmo em nossa volta, prendendo-nos ao microcosmo desta dimensão. Assim dizemos que o que é verdadeiro no macrocosmo, é verdadeiro também no microcosmo e vice-versa. Portanto, podemos extrapolar conhecimento e sabedoria do conhecido para o desconhecido. Podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas, ou estudando sobre como os nove mundos funcionam do mais ínfimo grau de ações da natureza, até o mais complexo. Podemos aprender grandes verdades observando simples ações do mundo.



A ciência diz que uma lei semelhante existe e é conhecida como holografia. Um holograma é uma foto criada pela luz que banha um objeto projetado por dois feixes de laser. Quando o filme revelado é iluminado por um terceiro feixe de laser, o objeto original aparece em três dimensões. Por outras palavras, um holograma é criado pela interação de luz. Uma característica peculiar de um holograma é que se ele for fragmentado num número qualquer de peças, por menores que sejam elas, a imagem original não é despedaçada, mas duplicada no número de peças que existir. Cada holograma é menor do que o original, mas não perdeu quaisquer detalhes. Cada parte contém um todo completo, mas menor. É como William Blake escrevia: “Ver o mundo num grão de areia/ E o céu numa flor silvestre./ Conter o infinito na palma de sua mão,/ E a eternidade numa hora.”. Esta lei é a que rege sobre um mago no manuseio de certos instrumentos e ingredientes mais apropriados no processo de produzir magia. Por outras palavras, certas ervas, pedras, lugares, ferramentas, técnicas de magia e procedimentos ativam e catalizam poder por simples correspondências.



- Lei da vibração – Este princípio diz que todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Isto é, nada está em repouso. Dos sistemas solares às partículas atômicas, tudo está em constante movimento. As coisas dançam. Matérias e energias não só emite movimentos vibratórios como também, de acordo com cientistas, físicos modernos, são movimentos vibratórios em si. Por isso podem ser calculados os índices eletromagnéticos para estruturas moleculares, incluindo as ondas cerebrais em vários estados de atividade mental. As ondas cerebrais correspondem a vários estados alterados de consciência. Alfa, por exemplo, representa um índice de 14 a 7 ondas por segundo o que ocorre quando sonhamos, meditamos ou realizamos trabalhos em transe, ou seja, quando alcançamos o êxtase, quando atingimos o Od. As ondas betas correspondem a estados de alerta e intensiva atividade cerebral, e as ondas teta ocorrem durante o sono profundo sem sonhos. Cada coisa, cada ser, objeto, espaço, emana um campo de energia vibratório que pode ser captado por nós através de certos “olhos clínicos” submetidos a estados alterados de consciência. Nossos ancestrais sempre acreditaram que tudo pode emitir energia e que as vibrações de objetos e “auras” das pessoas afetam situações. O velho mito hippy de bons e maus fluidos não era simples fantasia. Enviamos mensagens e informações pela energia que irradiamos. No paganismo nórdico aprendemos que os nove mundos estão em movimento, eles são criados e depois destruídos. O Ragnarök deixa isso explícito. A terra que envelheceu, continua a se movimentar entropicamente em direção ao fim para poder se renovar. Os mitos que falam do abandono dos deuses solares e do verão de seus lares, cuja ausência traz inverno e frio, e o seu retorno seguido. A interação dos mundos de fogo e gelo para poder surgir o primeiro ser, etc. Tudo está em constante transformação.



- Lei da Polaridade – A polaridade é a chave do poder no sistema hermético. Tudo é dual; todas as verdades são meias verdades; tudo contém seu oposto em si; os extremos tocam-se e todo o par de opostos pode ser reconciliado. Saber disso é a chave para fazer o universo trabalhar para nós em vez de contra nós. Os opostos são apenas dois extremos de uma mesma coisa, com muitos e variáveis graus entre eles. Odin e Loki não são tão diferentes assim, são irmãos. Frey e Freyja também podem ser vistos, esotericamente falando é claro, como elementos distintos de uma mesma unicidade que está presente em tudo. Muspel e Nifhel. Ródul e Mánni, Bygul e Trégul, etc.



A física moderna chama isso de princípio de complementaridade. Nele, a energia deve ser descrita como partículas e como ondas. Cada descrição é correta. Entretanto, somente parcialmente correta. E ambas são necessárias para uma imagem completa da realidade. Feiticeiros usam-se deste conceito como a manifestação de cargas positivas e negativas, masculinas e femininas em todas as coisas. A união é feito de dois elementos que se complementam, o feminino e o masculino, negativo e positivo, a terra e o céu.



Sabemos que a carga energética em qualquer objeto pode ser alterada. Nada é fixo.Todos os objetos, estados de ânimo e estados mentais têm pólos negativos e positivos, e a magia nada mais é do que a transferência dessa massa energética de um suporte a outro. Estamos trabalhando com as leis da natureza do modo mais intenso e profundo que existe, com o uso da compreensão. Temos o poder de avançar e recuar, converter ódio em amor, o medo em coragem, a dúvida em fé, o que nos habita a impedir que nossas vidas sejam dominadas pelos excessos, faltas, ou extremos. Mas em nem tudo temos controle, a criação e a destruição, a vida e a morte.



- Lei do Ritmo – Sabemos através da física, da biologia, da química, da filosofia e do hermetismo que tudo está em movimento e em constante mudança. Esta lei nos dá uma importante visão sobre como ocorrem estes movimentos. Eles se movem em círculos. É o que nós pagãos chamamos de Dança Espiral. As coisas recuam e avançam, descem e sobem, entram e saem, fluem e refluem, e também giram em círculos e espirais de acordo com estes ritmos. Como ensinam os sábios orientais todos os opostos fluem juntos e interpenetram-se, tudo se convertendo continuamente em seu oposto. Tudo é um ciclo.



O nosso mito da criação nos diz que Odin, Wili e Wé sopraram vida e atributos na mulher e no homem, que insuflaram vida na matéria e assim o ciclo vital começou. Falam também os mitos que numa contração universal os fogos de Muspelheimr e as névoas geladas de Nifhelheimr chocaram-se e desta interação surgiu o primeiro ser, o terrível gigante Ymir, e da contração de Ymir, de seu sentimento de fome e êxtase nasceu Búri. Isso não é mera metáfora, pois os astrofísicos estão hoje falando sobre a expansão e contração do universo. Todo o universo, toda a estrutura de Yggdrasil, dos nove mundos, inspira e expira, lentamente, durante uma eternidade de tempo. Respirar é um processo circular, medido pelo ritmo de inspiração e expiração. A lei do ritmo diz que cada ciclo busca sua plenitude, que a Grande Roda da Vida, embora girando eternamente, está sempre completando um ciclo. A feitiçaria deve treinar para seus praticantes encontrarem seus devidos lugares nesse fluxo e ditar como comandar essa sinergia. É um princípio fundamental da filosofia dos sistemas mágicos pagãos de que a vontade humana pode dominar as forças que nos cercam, mesmo quando trabalhamos com elas. E nós, feiticeiros, pagãos, bruxos, magos, sacerdotes dos deuses antigos, xamãs da própria terra, vivemos intimamente em harmonia com os grandes ritmos naturais e assim continuamos a desejar: as alternações de dia e noite, os padrões atmosféricos em permanente variação, a troca das estações, o ciclo da vida em nascimento-crescimento-decrepitude-morte-renascimento, as ondas das marés de poder do Ano Crescente e Decrescente, as marés, as troca de lua, o ciclo solar, a plantação, a criação, a menstruação, a fertilidade. O ritmo de criação e destruição é não só manifesto na mudança das estações e no nascimento e morte de todas as criaturas vivas, ma também é a própria essência da matéria inorgânica, a própria essência da realidade. Não somos apenas observadores destes ciclos, mas sim participantes íntimos. É o que sugerimos para o bem estar vital de uma sociedade. É estar alinhado com os ritos da Mãe Terra, de Jörd. É vivermos em equilíbrio dinâmico.



- Lei do Gênero – Tudo contém componentes masculinos e femininos. É semelhante ao conceito de “anima” e “animus” do psicanalista Carl Jung. Ele diz que cada pessoa contém aspectos masculinos e femininos, independente de seu gênero físico. Nenhum ser humano é totalmente masculino, ou feminino. Em todas as coisas existe uma energia receptiva ou feminina e uma energia projetiva ou masculina. De acordo com a física, todas as coisas possuem em si seus opostos. Existe uma vitalidade dinâmica entre eles. Portanto, essas energias masculinas e femininas estão numa constante dança cósmica.



É importante para a feitiçaria e quem a pratica magia, ou ainda quem ao menos lida com Od, estados alterados de consciência, compreender essa polaridade fundamental na psique humana e interagir energias masculinas e femininas em seu trabalho, gerando criatividade. A magia é trabalho criativo. Os estudos sobre a criatividade indicam que a androgenia é um componente importante e sobressalente no indivíduo criativo. Uma pessoa que reconhece e aprecia a natureza andrógina de sua personalidade, e pode expressá-la, tem maiores possibilidades de ser criativa do que a pessoa cuja perspectiva é estreitada ou limitada por seu gênero físico.



Nosso próprio mito do “hermafrodita” gigante Ymir (possuía o poder de gerar seres a partir de si mesmo), ou de seu descendente andrógino Buri (da qual podia se dividir para criar outro ser), ou das façanhas de Loki, que jamais se soube ao certo se tinha uma sexualidade definida, apesar de possuir esposa e amantes, e ser dono de tamanha virilidade e força. O próprio Odin que se travestiu durante um ano, para viver com Freyja e assim aprender as artes do Seidr com ela, é exemplo explícito de que para ser criativo, ser compreensor de mistérios universais é necessário equilíbrio, é preciso usar de formas alternativas. Mesmo o machão Thor precisou ser noiva certa vez para resgatar a maior preciosidade dos Aesires, o martelo Mjollnir.



Nestas culturas mesmo os homossexuais eram temidos enquanto feiticeiros (mesmo que marginalizados pelas sociedades), curandeiros, líderes espirituais e dotados de magia, porque representavam em si a divindade masculina e feminina original, podiam atuar na feitiçaria feminina Seidr (algo assustador para um padrão comportamental esperadamente patriarcalista), etc. como acontecia na Sociedade Viking. Na maioria das tribos vikings a prática da homossexualidade era crime, pois desvirtuava as intenções masculinas do homem que deveria estar trabalhando na lavoura, guerreando pela tribo, em expedições ao exterior, etc.



O papel do homem nórdico era bem definido desde criança e crucial para a sustentabilidade da comunidade e sobrevivência do clã, para os padrões de vida medievais do norte da Europa. O homossexual vivia à margem da sociedade viking, e para ele talvez fosse mais fácil se associar a este tipo de conhecimento mágico sob as circunstâncias que passava a viver. Claro que atualmente estas concepções medievais são inaplicáveis e inadmissíveis, pois vivemos em uma sociedade moderna, atual, libertária, da qual não necessitamos sobreviver da lavoura, nem da pesca, nem da pecuária, nem de lutar e guerrear para uma família sobreviver. Pelo menos não no meio urbano, e assim a força braçal masculina se torna perfeitamente dispensável. Na verdade, a igualdade entre os sexos é algo muito estimado pelas pessoas atualmente em termos de direitos humanos. E o odinismo busca incessantemente o equilíbrio de poder entre os sexos, legando respeito à homens e mulheres, independentes de suas etnias, sexo, sexualidade, etc. Aclamar esse equilíbrio é essencial para a magia criativa.



Assim, podemos aprender a respeitar os elementos femininos e masculinos de nossa natureza (o que não implica em homossexualidade, hermafroditismo ou androginia), embora um ou outro possa não operar num nível plenamente consciente. Libertar grilhões que prendem a mente à meros limites físicos do gênero é essencial para o engrandecimento da alma e expansão da mente, rumo ao Despertar.



Exemplo disso no odinismo é o Chifre, que representa o princípio masculino em uma ponta e o feminino na outra, equilibrando estes poderes. Pelo ritual e magia podemos trazer o elemento inconsciente para mais perto da percepção consciente. Para nós, pagãos, feiticeiros, o masculino e feminino tornaram-se guias psíquicos. Podem estar associados ao conceito da Fylgja, que é envolta de uma sexualidade exuberante e bestial.



Todos os atos de geração, regeneração e criação, como sortilégios, feitiços, encantamentos e meditações, envolvem esses dois princípios. Conhecendo como funcionam e seguindo sua orientação, podemos desvendar muitos dos mistérios da vida.



- Lei da Causa e Efeito – Nada acontece por acaso, e todo efeito tem uma causa, e toda causa é em si mesma um efeito de outra causa. Isso é muito mais abrangente do que a primeira vista. Não estamos descrevendo bolas de bilhar ou filas de dominós tombando. Não somos indivíduos isolados levando vidas isoladas. Estamos literal e metaforicamente ligados ao universo inteiro, a todos os seres. As nossas ações têm repercussões físicas e cósmicas. Isto torna-nos tão humildes quanto é profundo o temor reverente que nos inspira o fato de percebermos da influência que possuímos, e também da incrível responsabilidade de usar nossos poderes sabiamente e realizar ações com responsabilidade. Existe uma essência em nossa alma que quando nascemos adere a nossa vida como fato. Este elemento é o Wyrd ou Fjör (destino, para ambas). Fjör é como um fio da vida. É o fio do destino, o que nos liga ao mundo real. Ele é tecido pelas Nornor, as deusas do destino, mudando sempre de direção à medida que se intercala com o Fjör de outros seres, sejam eles homens ou entidades espirituais.



Para um pagão não existe um inferno, tampouco pecado. Para o odinista basta compreender que não se está sozinho no universo, que se está imerso numa teia da vida, interligados com todos os seres direta e indiretamente, e ainda que toda ação individual ou coletiva vá repercutir-se desde o nível do microcosmo até o macrocosmo, e como um ciclo, se completando em nós mesmos.



Princípio Lei. No nórdico antigo temos a palavra Orlog para definir isso, um conceito tão antigo sobre leis de retorno quanto a própria estrutura religiosa. Acredita-se que, no odinismo, o Fjör ao interagir com outros seres, nossas ações sempre geram reações, conseqüências, inexoráveis. A essas conseqüências inevitáveis são dados os nomes de Orlogs, porque “é lei”. Tudo retorna ao seu princípio, seja de forma boa ou ruim. Ou seja, dependendo de suas ações, uma determinada pessoa poderá receber tantos bons, quanto maus orlogs. O conjunto de orlogs que se leva em toda uma vida é chamado de Orthanc, que quer dizer herança, algo que jamais se apaga. Não somente ações a nível material devem ser medidas, mas também projeções mentais podem ser aprendidas e dominadas, para que possamos passar imperceptivelmente pelas barreiras naturais que impedem nossas mentes de perder continuamente o controle do universo inteiro, afinal se cada um pudesse estar na mente do outro o tempo inteiro seria o caos.



Mas não podemos deixar de estar cientes que os poderes de um feiticeiro são controlados pelas esferas de poder e energia acima, abaixo e em torno dele mesmo. Embora o mago possa ser senhor de eventos aqui em Midgard, ele não poderá escapar da intervenção do princípio da causa e efeito, das leis divinas, uma vez que os demais oito mundos se intercalam freqüentemente com o nosso. O Fjör é esse elo num fluxo interminável de poder que impregna o universo.





Todas estas leis permitem uma visão pagã do mundo que é ao mesmo tempo estimulante e reconfortante. As leis mostram o desenvolvimento ordenado da vida. Dentre outras doutrinas, outras leis mágicas poderiam aqui ser abordadas e debatidas, mas não ainda. Talvez pelo aspecto do hermetismo estar tão perto do paganismo, seja mais fácil abordar este prisma da magia.



O Odinismo se abre para a ciência, como uma criança é curiosa para as estórias e contos de fadas. Estes contos estimulam a imaginação da criança, o seu pensar. E assim é feito na tradição antiga. As linhas acadêmicas colaboram com nosso pensamento reconstrutivista, servindo como uma potente mão auxiliar no momento do saber.



Aprendemos assim que mais uma vez nada se cria, nada se perde e tudo se transforma… cada evento não pode criar outro evento do nada… cada evento é uma encruzilhada, um intercâmbio numa teia de tudo o que ocorreu antes e de tudo o que virá depois. Cada um de nós é o “ponto-morto” corrente numa linha de descendências, cujas raízes extensas mergulham no fundo do passado, assim como Yggdrasil está fixada na existência cosmogônica de Ymir e se prolonga por ele e além dele, e que seus ramos se extendem até o mais longínquo futuro e mundos, horizontes impensados.



Somos partes infinitas dos ciclos da vida e do universo. Assim, não possuímos consciência limitada por tempo ou espaço. Todas as coisas estão em nós mentalmente e, através disso, somos naturalmente capazes de conhecer todas as coisas, e romper limites, de Despertar.



Vagner Cruz

http://otroth.org/?p=65

terça-feira, 12 de julho de 2011

O SIGNIFICADO DAS CORES DA AURA

Esse é um dos pontos mais polêmicos da Leitura da Aura. A leitura da aura, é precisa, mas a divulgação de interpretações variadas faz com que as pessoas tenham várias informações de uma determinada cor. As cores não são estáticas, possuem nuances, transformações, formas, brilho e tonalidades além de combinações com outras cores. Devida a infinidade de nuances, cabe pedir as pessoas que parem de dizer:” Essa cor significa tal coisa ...” – Isso é querer simplificar e acaba gerando contra-sensos. Outro detalhe que deve ser observado é classificar uma cor como NEGATIVA. Uma cor não é negativa por si só. Existem nuances, limpidez, tonalidades que devem ser levadas em considerações na hora de uma leitura.
Exemplo: O vermelho poderá sigficar espírito de liderança como cólera. Portanto cuidado com as tabelas sobre as cores das auras.

Obs: Conforme o grau que o clarividente usa, pode-se perceber as auras gradativamente. Conforme o treino pode-se perceber só a aura etérica, ou só a astral e assim sucessivamente as outras.




06. 04.1 – VERMELHO:
O vermelho é uma cor que mais se presta a interpretações errôneas, devido as suas variantes. O vermelho vivo é sinal de dinamismo, quando o encontramos em faixas vaporosas em torno da cabeça, esse dinamismo é de temperamento e não físico, o físico usa a mesma cor, porém localizado ao longo dos membros e na cintura.

O vermelho vivo, claro, é a cor dos grandes líderes, generais, comandantes, líderes sindicais, dirigentes. Porém combinadas com outras cores, como o dourado, o azul (direcionado ao lilás), o amarelo salpicado com vermelho, indica líderes religiosos.

Porém como forma de nuvens em todo o corpo, mostra uma personalidade forte, porém com crises de humor, principalmente se mostrar feixes desiguais na região craniana. Centelhas de um vermelho muito intenso é ansiedade, mais fraco tendendo para um rosado indicio de nervosismo.

O vermelho Carmin mostra força de comando, liderança, principalmente se este vermelho estiver em forma de brumas na forma superior do corpo, e será ativa se a cor tomar forma de raios luminosos. Uma superabundância desse vermelho na aura denota autoridade abusiva e se tiver leves traços do cinza antrácito teremos o quadro de uma pessoa déspota.

De qualquer forma o vermelho muito escuro, situado na fronte e em cada lado da nuca põe em evidência a cólera. Quando o cinza a ele se acrescenta temos um quadro de impulsos de violência. A emanação de uma energia deste porte, pode criar uma brecha no etérico e vir a causar doenças psíquicas.

A presença do Vermelho Tijolo ou ferrugem na radiância astral, denota a avareza, egoísmo. Um vermelho amarronzado, quando presente num órgão do corpo(como uma mancha) revela a formação de um câncer. Portanto é preciso ter cuidado na leitura, sempre lembrando que a doença se manifesta nos corpos mais sutis e vai descendo gradativamente até o físico.

A prática tem demonstrado que os cânceres nascem no plano mental, portanto a Aura do corpo Mental vai apresentar essa mancha, mas como é sabido não existe um fígado específico no corpo mental, o que dificulta a leitura precisa a não ser que o clarividente tenha muita prática.

Porém essa mancha vai se formar na Aura Astral no devido órgão atingido e isso pode levar meses e até anos. O processo pode ser interrompido se a pessoa mudar atitudes.

Outros vermelhos vivos, denotam orgulho, com o amarelo denota vontade de agradar, pode-se notar que o orgulho quando levado a um excesso se torna prejudicial, da mesma forma a vontade de agradar excessiva pode virar hipocrisia, e tudo é demonstrada pelas tonalidades e misturas. Notem a complexidade de ler e interpretar uma aura. É preciso ler centenas para começar a entender e aprender sem cometer gafes.



06. 04.2 – PRATEADA:
- O canal da Cura:
O indivíduo de aura prateada é um curandeiro natural. Utiliza energia para transformar luz em raios que curam. É o meio ou o canal por onde a cura passa. Consegue aumentar seu poder pessoal, físico, a ponto de poder limpar as mentes e as almas, para que a cura seja possível.Seu maior desafio é aprender a lidar com esse dom de curar. A fim de não chamar a atenção sobre si, o indivíduo de aura prateada se torna o camaleão do espectro, assimilando outras cores em sua aura para se ocultar ou para se proteger.

No entanto, ele prejudica seu próprio campo energético com isso, sofrendo as consequências. Esse ato também confunde os outros. Seu maior desafio é aprender a se conhecer e descobrir seus dons especiais, para não precisar disfarçar-se com uma camuflagem emocional.

O indivíduo de aura prateada sente o meio ambiente físico como algo duro, hostil e frio. É fisicamente doloroso para ele olhar para qualquer coisa realista. É fisicamente sensível a barulhos e qualquer outra forma de poluição. Gostaria que o mundo fosse como os palácios antigos de seus sonhos e fantasias. Como não é, fica horrorizado.

Na tentativa de criar no mundo real a perfeição que visualiza em sua mente, fica obcecado com limpeza e organização, muitas vezes. Precisa de muito espaço aberto, sobretudo dentro de casa.

O indivíduo de aura prateada tem muitas vezes a sensação física de estar sendo usado, desse modo é ciumento de seu espaço privado, onde só admite a família e os amigos mais íntimos e chegados. Não se abre a grandes reuniões porque não se sente à vontade com a idéia de invasão de seu espaço íntimo.
Trabalhar a terra para este ser é estabilizador e satisfatório, e por isso o aura prateada pode se fazer valer desse exercício para se sentir melhor.



06. 04.3 – AZUL

De uma maneira geral o azul sugere paz, mas a complexidade está na tonalidade e nas misturas.
A azul celeste: - Quando vivo, testemunha uma grande honestidade e um temperamento agradável. Principalmente quando ele constitui a cor básica da aura astral ou pelo menos ocupa a parte superior do corpo.

Porém quando a azul se torna pálido o seu dono se interioriza em demasia, tendo como defeito uma timidez exagerada. Quando o claro e metalizado, a pessoa tem tendência a ser influenciada, simples focos desta cor simboliza indecisão.

O azul Lavanda, inclina a meditação, a prece, a interiorização, se salpicado com amarelo fosco quer dizer recato e virtude afetada. Acompanhado do rosa vivo quer dizer piedade excessiva.

O azul escuro, são das pessoas voluntariosas, porém raramente aparece em toda a aura, mais encontrada na parte superior, próxima ao chakra coronário e são das pessoas trabalhadores incansáveis. Quando esta cor se mistura com o vermelho carmim denota TEIMOSIA. Obstinação, quanto maior a incidência desse vermelho, menos escrúpulos terá essa pessoa.

A presença do cinza perto da cabeça, denota falta de coragem, pessimismo. Quando esse cinza for para o amarelo ocre a tendência a desconfiança.




06. 04.4 – AMARELA:

O amarelo alaranjado denota grande espiritualidade, muito elevada. É a cor da sabedoria, do ideal e da ação luminosa.

O amarelo Limão já denota a razão e o discernimento, sempre levando em consideração que o amarelo por si mesmo revela atividade cerebral. Podendo por isso gerar machas de vermelho fosco o que revela idéia fixa.

O amarelo pálido, revela vacilação, quanto mais próximo de um amarelo esbranquiçado acizentado revelando a inatividade e a indecisão. Quando chamas de ferrugem aparecem revelam a covardia. Quando povoadas por manchas marrons revelam o materialismo e com o verde-cáqui revelam o egocentrismo.

Quando o cinza-antrácito e a ferrugem aparecem essa alma produz pensamentos com essas cores, significa o desequilíbrio, pouco digna de confiança, extrema versatilidade para criar mentiras, diplomata em suas relações.

- NUCA LUMINOSA:
Para concluir deve-se observar em todos os seres humanos na região da nuca que toda a aura exala um amarelo de média intensidade formando uma meia-lua em forma de nuvem, isso simplesmente é o ato de pensar, se concentrar, se preparar para uma prova. Porém em determinadas pessoas essas cores são explosivas com raios, centelhas de cores brancas e amarelos vivos, quando existe uma atividade intelectual. É na sua superfície que as formas-pensamento se manifestam.



06. 04.5 – VERDE:
O verde é a mistura do amarelo com o azul, PORTANTO a atividade + vida espiritual interioriorizada, desviada para ajuda ao próximo.
O verde vivo, denota a escolha para um caminho interior que acaba abrindo-se ao próximo.
O verde-Maçã: De um ponto de vista global, denota-se a capacidade de doação aos outros. É a cor do dom para a medicina, para a cura, na educação, quando um azul celeste se junta a ele, a sinceridade, a autenticidade se junta a ele.


O verde elétrico: Quando se estende pelos braços até o chakra da palma das mãos, traz consigo a certeza do magnetismo, da cura pela imposição das mãos.

As mãos etéricas e/ou astrais verdes são mais purificadoras e reenergizantes.

Jardineiros ou pessoas que tem a mão boa para o plantio, possuem essa aura nas mãos. O azul elétrico junto indica coragem indo até o sacrifício, comum em enfermeiros tenazes com seus pacientes.

O verde esmeralda, a cor dos curandeiros (grandes médicos), terapeutas, agem indiferentemente do seu ganho material. Age tanto na medicina da alma como a física.

Porém quando o verde perde a força e fica pálido tende a hipocrisia, junto com o amarelo fraco e fagulhas de ferrugem.
Quando atravessado por faixas luminosas de vermelho de média intensidade denota equilíbrio, responsabilidade, ação determinada.
O verde tília denota morosidade.

06. 04.6 – VIOLETA:
Uma das cores mais raras de ser encontrada no estágio atual da humanidade, pois é a cor da espiritualidade elevada ativa nos seres de luz. O azul e o vermelho na sua pureza produzem o violeta.

Próximo ao amarelo alaranjado porém denota maior profundidade a meditação.Porém é encontrado nas pessoas feixes, fagulhas, salpicados dessa cor. As pessoas que carregam esses aspectos possuem o misticismo, quando salpicado de amarelo e violeta, denota alta intelectualidade e espiritualidade ao mesmo tempo.

O violeta pálido e ou lilás, revela um interesse menor a religiosidade.

Porém quando acompanhado de nuvens ou nuances cinzas, indicam um dom prejudicado pela falsa devoção, muito comum nas pessoas que exploram a fé dos outros, sempre pensando no seu bem comum, dinheiro e exploração.

Conforme a tonalidade do cinza ou até existir mais cinza do que o lilás pálido poderá chegar a ingenuidade, crença fácil em milagres e outras ondas místicas.


06. 04.6 – LARANJA:
O alaranjado é uma cor secundária, uma ramificação do vermelho. Quanto voltado mais para o amarelo denota autocontrole. Quando voltada para o vermelho denota uma pessoa ativa, prática. Porém o laranha castanho, significa preguiça, a mesma cor na parte etérica quer dizer problemas nos rins.
Significa ATIVIDADE, pois une duas potências o amarelo + vermelho, atesta o lado prático, vamos deixar de firulas e partir para a realização. Ação física, dinamismo.

É a cor da BOA VONTADE ATIVA, da lealdade. É o signo de uma espiritualidade concreta na vida cotidiana. Porém quando esse laranja se suja com ferrugem a preguiça se torna evidente. Com amarelo pálido junto o desinteresse, como verde garrafa escuro revela o rancor.

06. 04.7 – ROSA:
O ROSA é sempre a falta de maturidade, a cor da infância, da vontade de brincar, rir. Sempre encontrada em crianças, adolescentes. Sempre encontrada em crianças, adolescentes.

Nas auras coletivas o ovo áurico do grupo de ri e conta piada, brinca e dança o ROSA se faz presente, quando a brincadeira se torna agressiva tons de vermelho se fazem presente. Quando o amarelo acidulado se faz presente o egocentrismo também.



O cinza com fagulhas de azul frio e escurecido, o medo se faz presente.

Isso não quer dizer que devemos fugir do rosa, porque a alegria o contentamento produzem tons rosas nas auras e esse sentimento deve sempre ser cultivado.



06. 04.8 – CINZA:
No conjunto essa cor vem adicionada a outras, sua presença é uma forma de um véu, até mesmo fraca vibração, fraca, cansaço de um cor faz nascer o cinza, doença do organismo no caso da aura etérica e cansaço de um sentimento produzido pela aura astral.Mas como todas as cores possuem variantes não seria diferente com o cinza.O cinza escuro tende a depressão, porque a tristeza vem com o cinza. O cansaço produzido por excesso de trabalho traz o cinza porém sempre passageiro após o descanso e a recarga do corpo astral das células pela energia prânica.


06. 04.9 – PRETO:
A não luz, o caos negativo do pensamento. Essas massas negras são raras no cotidiano, são pessoas com energia destrutiva, principalmente da autodestruição, do suicídio, doentes psíquicos.



06. 04.10 – BRANCO:
O branco é a cor da pureza, porém é a gama de várias cores em circulação constante produz o branco. Dentro das leituras das aura o branco cristalino é o símbolo da pureza . Porém tem o branco pesado, leitoso, que significa falta de idéias, pessoa mal resolvida, que procura a si mesmo, insatisfação, o branco por falta de luz. O branco cristalino com dourado, é Crístico, búdico.

http://ideal.andreluiz.vilabol.uol.com.br/aura_humana.html

terça-feira, 5 de julho de 2011

O QUE É AURA?

CONCEITOS:

AURA: - Etimologia: lat. aura,ae 'vento brando, brisa, o ar, sopro, hálito, brilho.
- Suposta manifestação de substância etérea que irradia de todos os seres vivos, somente perceptível por pessoas de sensibilidade especial.
- A AURA não é um corpo, é a manifestação energética de um determinado corpo.
CAMPO: - É o espaço de ação, o plano, a dimensão onde se manifestam os veículos e energias adjacentes dos mesmos. No caso especifico deste estudo trataremos com 3 campo:campo etérico, campo astral, campo mental.

06.01 - TIPOS DE AURA:


06.01.1 - AURA ETÉRICA:
O Duplo Etérico é uma cópia perfeita do corpo físico, molécula por molécula, é um elo de ligação, intermediário entre dois corpos de planos distintos no caso O CORPO FÍSICO e o corpo astral. Pois esse duplo etérico também tem uma aura de manifestação.

É a força vital que mantém o corpo físico ativo e energizado, manifesta-se no campo etérico, junto com o duplo etérico, que é mostrado na figura ao lado e que possui 4 camadas de densidades diferentes.



A aura etérica interpenetra essa estrutura do Duplo Etérico, ela é a energia cósmica, energia vital, um quantum energético que ao nascer uma pessoa trás (ela completa, tem aproximadamente 60 cm além da derme de diâmetro) na medida que o tempo passa ela vai se consumindo. Quando acaba totalmente ou parcialmente o corpo físico perde a vitalidade e a vida se esvai libertando o corpo astral e mental. O duplo etérico se desprende do corpo físico e se desintegra aos poucos.



Portanto essa energia vital extrapola o duplo etérico alguns esotéricos chamam de AURA ETÉRICA, ela representa a vitalidade do corpo físico o potenciômetro das reservas energéticas do nosso organismo, portanto as informações que ela oferece a um clarividente, é meramente de natureza funcional e mecânica.

Sua luminosidade é próxima do Cinza Azulado por vezes prateado, lembra uma leve bruma, uma fumaça de incenso, não fosse pela sua opacidade e pela sua maneira de se mover. Porém é preciso dizer que a AURA ETÉRICA (Perietérico) é a matéria fluidificada.

Quando a aura etérica abre um buraco no corpo, deixando um órgão físico sem essa energia, acontece a parada de funcionamento desse órgão por falta de energia, e o corpo pode entrar em falência, como é o caso de um ataque cardíaco.

A medicina atual, possui drogas que corrigem a distribuição dessas energias, e mantém o coração com energia para cadenciar os movimentos de sístole e diástole.

A aura etérica não possui variantes de cores misturando-se, porque ela não reflete as emoções e sentimentos. Portanto possui uma cor única, mas os chakras etéricos emitem cores variadas no duplo etérico e essas cores são manifestações do funcionamento do corpo físico, é natural pela sutileza dos campos que a aura etérica (perietérico) recebe esse reflexo das cores oriundas das manifestações do duplo etérico.

Por isso é comum alguns clarividentes confundirem a aura etérica com o Corpo Etérico (Duplo Etérico) e outros não distinguirem um de outro, alegando a existência de um só.

Esta aura etérica reflete em luminosidade e tamanho o estado de saúde física da pessoa. Já o Duplo Etérico é o campo de atuação dos CHAKRAS ETÉRICOS, vórtices responsáveis pela usinagem molecular das células dos órgãos físicos.

A AURA ETÉRICA, é conhecido por outros nomes:PERIETÉRICO, VITALIDADE, PRANA. (Veja link direto sobre o assunto com mais detalhes)



06.01.2 - AURA ASTRAL:

Aura das emoções e dos Sentimentos.
É conhecida também por aura emocional e é a manifestação do corpo Astral.

Forma um ovo áurico em volta do corpo. Sua grande mobilidade, suas colorações de variações infinitas são sinais que a distinguem.

Devemos considerá-la como o espelho das paixões de um indivíduo, pois fornece o reflexo exato de seu ego inferior ou personalidade.

Por isso a dificuldade de ler uma aura, pelas tempestades, maremotos, variações de todos os tipos, está sempre em constante mutação, de acordo com as emoções do seu dono.



A aura se estende, segundo a potência magnética, mental e espiritual, desde o diâmetro de centímetros, metros e em casos especiais quilômetros. Segundo a potência energética e vibratória do ser, são suas múltiplas e variantes cores. De acordo com seu valor material, é sua disposição radial, desde a forma similar à imagem representada até o oval perfeito.


É compreensível que a aura pessoal de cada coisa ou ser tenda a formar agrupamentos; esta não é uma lei astral, e sim uma lei universal; então cada família, cada agrupamento, cada cidade, cada nação e cada continente, tem sua aura característica. Isso chama-se SINTONIA VIBRACIONAL e neste contexto se encaixa a LEI DA ATRAÇÃO.


A aura astral é a cédula de identidade dos seres e das coisas. Como uma impressão digital, não existem duas auras exatamente iguais, embora elas se agrupem, por possuírem as mesmas vibrações, as mesmas cores básicas, uma aura contém suas próprias particularidades.



06.01.3 - AURA MENTAL:
É a aura da mente, mais estável, esta aura é mais sutil energeticamente e reflete a personalidade fixa do homem, esta aura em termos de cor, brilho, tamanho e luminosidade depende da evolução mental do seu possuidor. Pode variar de 1 metro e 80 centímetros até mesmo a centenas de metros.


Essa aura é o espelho da atividade mental e intelectual, evidencia a raciocínio e os processos de mentalizações do indivíduo.

06.01.4 - AURA CAUSAL:
É a aura de todas as potencialidades do indivíduo, a aura das causas, do processo que vai se desenvolvendo na pessoa através de suas reencarnações. Reflete as forças inconscientes, a subjetividade. A aura causal resume todo o conhecimento profundo de um ser.



Esta aura é de difícil detecção, pois é muito móvel e fica afastada do corpo físico, variando entre 2 até 3 metros além do corpo físico. Tem a forma de um trapézio com a base pequena voltada para baixo sendo a parte de cima em forma de uma esfera luminosa. Sua percepção no entanto lembra um portal grande arredondado dos templos sagrados da arquitetura oriental.

Aura integral do indivíduo, AURA KÁRMICA.

06.01.5 - AURA DE VITALIDADES DIVINAS:
Não é possível falar muito sobre estas radiâncias devida a grande raridade existencial de seres com estas auras. Porém espíritos superiores afirmam serem verdadeiras pontes radiantes entre o mundo inferior e os mundos superiores.Seres no nível de Budas, Cristo.

Conhecida como sétima aura expandida por um ser humano encarnado. Uma luz radiante de tal intensidade que fica difícil descrevê-la, com cintilações douradas.

Fonte :http://ideal.andreluiz.vilabol.uol.com.br/aura_humana.html

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O QUE É ALMA?

Alma [latim: anima, do grego: anemos= sopro, emanação, ar] - É o ser imaterial, distinto e individual, unido ao corpo que lhe serve de invólucro temporário, isto é, o Espírito em estado de encarnação.

O vocábulo alma se emprega para exprimir coisas muito diferentes. Uns chamam alma ao princípio da vida e, nesta acepção, se pode com acerto dizer, figuradamente, que a alma é uma centelha anímica emanada do grande Todo. Estas últimas palavras indicam a fonte universal do principio vital de que cada ser absorve uma porção e que, após a morte, volta à massa donde saiu. Essa idéia de nenhum modo exclui a de um ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva sua individualidade. A esse ser, igualmente, se dá o nome de alma e nesta acepção é que se pode dizer que a alma é um Espírito encarnado.

Dando da alma definições diversas, os Espíritos falaram de acordo com o modo por que aplicavam a palavra e com as idéias terrenas de que ainda estavam mais ou menos imbuídos. Isto resulta da deficiência da linguagem humana, que não dispõe de uma palavra para cada idéia, donde uma imensidade de equívocos e discussões. Eis por que os Espíritos superiores nos dizem que primeiro nos entendamos acerca das palavras.
Livro dos Espíritos - questão 139.


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo_enso e as sensações do duplo_etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.
SABEDORIA DO EVANGELHO - Carlos Torres Pastorino


Esclareceu-me o Instrutor que o estado natural da alma encarnada pode ser comparado, em maior ou menor grau, à hipnose profunda ou à anestesia temporária, a que desce a mente da criatura através de vibrações mais lentas, peculiares aos planos inferiores, para fins de evolução, aprimoramento e redenção, no espaço e no tempo.

André Luiz - LIBERTAÇÃO - Francisco Cândido Xavier


ALMA & ESPÍRITO
A fim de apreendermos adequadamente o sentido que se dá à palavra ‘alma’ quando do estudo das obras da codificação Kardequiana, vejamos o que nos foi informado por Kardec a esse respeito, pois os próprios Espíritos lhe disseram respondendo à pergunta 138 em “O Livro dos Espíritos”:

Perg.: Que pensar daqueles que consideram a alma como o princípio da vida material?

Resp.: É uma questão de palavras que não nos diz respeito. Começai por vos entenderdes a vós mesmos.

Também se deve notar que Kardec, no item 2 da Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita contida em “O Livro dos Espíritos”, escreve o seguinte: “Há outra palavra sobre a qual devemos igualmente nos entender, por constituir em si um dos fechos de abóbada (*), isto é, a sustentação de toda a doutrina moral, e que se tornou objeto de muitas controvérsias por falta de um significado que a defina com precisão determinada. É a palavra alma.”.

No entanto, em conformidade com o que se lê nas respostas às perguntas 134; 134a e 134b, é comum nos centros espíritas ouvir-se os confrades definirem a alma como sendo ‘um Espírito encarnado’ sem maiores explicações e sem levar em conta que, como lembrou Kardec: “filosoficamente, porém, é essencial estabelecer-se a diferença” (O Principiante Espírita – item 14, que segue, na íntegra): “14. A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o homem; a alma e o perispírito sem o corpo constituem o ser chamado espírito”.

A alma é assim um ser simples,

o Espírito um ser duplo,

e o homem um ser triplo.

“Seria mais justo reservar a palavra alma para designar o princípio inteligente, e a palavra espírito para o ser semimaterial formado deste princípio e do corpo fluídico; porém, como não se pode conceber o princípio inteligente isolado de toda a matéria, nem o perispírito sem ser animado pelo princípio inteligente, as palavras alma e espírito são, no uso, indiferentemente tomadas uma pela outra; é a figura que consiste em tomar a parte pelo todo, assim como se diz que uma cidade é povoada por tantas almas, uma vila composta de tantas casas; filosoficamente, porém, é essencial estabelecer-se a diferença” (sublinhado nosso).

Já no comentário que tece com referência à resposta dada pelos Espíritos na pergunta 139 em “O Livro dos Espíritos”, Kardec comenta:

“A palavra alma é empregada para exprimir coisas muito diferentes. Uns chamam alma o princípio da vida, e com esse entendimento é exato dizer, em sentido figurado, que a alma é “uma centelha anímica emanada do grande Todo”. Essas últimas palavras indicam a fonte universal do princípio vital do qual cada ser absorve uma porção que, depois da morte, retorna à massa. Essa idéia não exclui a de um ser moral distinto, independente da matéria e que conserva sua individualidade. É esse ser que se chama, igualmente, alma, e é nesse sentido que se pode dizer que a alma é um Espírito encarnado. Ao dar à alma definições diferentes, os Espíritos falaram conforme a idéia que faziam da palavra de acordo com as idéias terrestres de que ainda estavam mais ou menos imbuídos. Isso decorre da insuficiência da linguagem humana, que não tem uma palavra para cada idéia, gerando uma infinidade de enganos e discussões. Eis por que os Espíritos superiores nos dizem que nos entendamos primeiro acerca das palavras”.

Léon Denis observa: “Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro de vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela atua no mundo da matéria”. (Cristianismo e Espiritismo – FEB 10ª edição)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

REINO ANGELICAL

AKATRIEL
Anjo que revela os mistérios Divinos.

ANAEL
Anjo do Amor e Chefe dos Principados e dos Virtudes.

ANAFIEL
Chefe dos Querubins da Merkabah (Carruagem Divina), Há seis classes de Anjos da Merkabah, que são guardiões do Trono de Deus.

ANGELOLOGIA
é o mesmo que angeologia.

ANGEOLOGIA
é o estudo dos anjos, também conhecida como angiologia e angelologia.

ANGEOLOGO (A)
quem estuda os anjos.

ANJO DA CARIDADE
o que protege a pobreza.

ANJO DA GUARDA
o que vela pela pessoa.

ARIEL
significa “Leão de Deus”.

AZBUGAH
Um dos Oito Grandes Anjos do Trono de Deus. É ele que reveste de rectidão as almas eleitas à sua chegada ao Céu.

BARAKIEL ou BARAIEL
Chefe do Coro dos Serafins e Regente do mês de Fevereiro.

CHAYYIEL
Príncipe regente dos Serafins.

CUPIDO
Deus do amor, entidade da mitologia romana, também conhecido como Eros, Deus grego do amor que é filho de Poros e Pênia, gerado no dia de nascimento de Afrodite (Vênus).

DANIEL
significa “Juízo de Deus”.

FANUEL ou RAQUIEL
Arcanjo do Castigo e Príncipe da Divina Presença.

GABRIEL
Anjo da Anunciação, da justiça e da misericórdia.

GABRIEL
significa “Força de Deus”. Arcanjo que anunciou a chegada de Cristo.

GALGALIEL
Anjo principal da roda do Sol e um dos Anjos principais da Merkabah.

IRIN
Anjos gémeos que, com os Qaddisin, formam o Conselho Supremo da Corte Celestial. São a Corte Suprema de Deus e o seu juízo é PERFEITO

JEHOEL
Anjo intermediário entre Deus e os seres Humanos.

JOPHIEL
Beleza de Deus. Jophiel e os anjos da iluminação nos colocam em contato direto com a mente de Deus. Eles nos dão as grandes inspirações e também revelações que mudam nossa vida. O principal objetivo do Arcanjo Jophiel e dos anjos da iluminação é nos libertar da ignorância, da duvida e do medo.

KAMAEL
fogo de Deus ou auxilio e a força de Deus.

MEHIEL
Deus vivificador.

METRATON
Conselheiro do Céu e Príncipe dos Sete arcanjos.

MIGUEL
significa “Quem é como Deus?”. Arcanjo chefe dos exércitos celestiais, que lutou contra o diabo.

MIGUEL
Anjo Principal do Senhor. Ele é como Deus.

MIKAEL
(São Miguel Arcanjo) Coro dos Arcanjos.

POIEL
Mensageiro do Desejo. Ele controla as atitudes, os pensamentos e as boas energias. Favorecem a aquisição de fortuna, o prestígio e a propagação das grandes filosofias. Poiel ajuda o homem a superar os obstáculos que estão à sua frente.

QADDISIN
Anjos gémeos que regem a Corte Celestial em conjunto com os Iin. Esses quatro Anjos são os mais poderosos dos Sete Céus.

RADURIEL ou VRETIL
Anjo escrivão que escreve num "grande livro" tudo o que acontece no Universo. Também é o Chefe dos Coros Celestiais e o criador dos Anjos menores.

RAFAEL
Anjo da Saúde e da Sabedoria. Regente do Sol. Significa: "Deus curou" . Rafael é o guardião do nosso corpo físico e da nossa saúde. Ele é conhecido como o Arcanjo da ciência, do conhecimento e da cura. O domínio de Rafael é a casa do conhecimento e da transformação. Ele cura trabalhando a favor da saúde global ou pessoal em qualquer nível. A sua função é manter o equilíbrio de todas as coisas, inclusive dos quatro elementos (Ar, Fogo, Água e Terra).

RAPHAEL
significa “Cura de Deus”. Acompanhou Tobias em sua viagem como seu anjo da guarda.

RAZIEL
Arauto de Deus e Instrutor de Adão e da Humanidade

RIKBIEL
Um dos Príncipes Regentes da Merkabah.

SAMAEL ou CAMAEL
Anjo da Justiça Divina e Chefe das Potestades

SAMUEL
significa “Ouvido por Deus”.

SANDALFOM
Irmão Gémeo de Metraton e Anjo Regente da Terra.

SHEMUIL
Anjo intermediário entre as preces de Israel e os Sete Grandes Arcanjos.

SOFERIEL MEHAYYE
Em conjunto com Soferiel Memeth guarda o Livro da Vida e da Morte e é também um dos Anjos regente da Merkabah.

SOFERIEL MEMETH
Trabalha em conjunto com Soferiel Mehayye.

SOQED HOZI
Anjo que guarda a Balança Divina e as Costas do Senhor. É outro dos Anjos principais da Merkabah.

SURIEL
Anjo instrutor de Moisés e um dos Anjos da Boa Morte.

URIEL
significa “Fogo de Deus”. Considerado o anjo do arrependimento.. Arcanjo Uriel, juntamente com os anjos da paz, nos traz tranqüilidade de espirito, dissolução das mágoas e do medo em nossos corações. Perpetua a renovação da esperança. Ele não é citado na Bíblia, mas aparece em outros textos judaicos e cristãos. Governa as assuntos ligados à magia e promove as mudanças súbitas e positivas na vida do homem.

YEFEFIAH ou DINA
Anjo que instruiu Moisés nos mistérios da Cabala e um dos Anjos da Torah.

ZADKIEL ou TZADKIEL
Anjo de Júpiter e da Abundância.

ZAGZAGEL
Anjo da Sabedoria e da Sarça Ardente.

ZOFIEL ou YOFIEL
Um dos príncipes que guardam a Torah ou Lei Divina.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ANGELOLOGIA

Luis Pellegrini, em seu artigo O Retorno dos Anjos:

Alguém perguntou-me, numa livraria, justamente quando eu procurava obras sobre anjos: -Você acredita em anjos?

"Acredito numa força angélica que existe nas pessoas e no mundo. Uma força para o bem, positiva, criativa. Da mesma forma que acredito em outra força igual e contrária, voltada para o mal, negativa e destrutiva, que nas pessoas no mundo" - "Anjos são forças, como nós, por isso podemos nos comunicar, usando o pensamento".



O médico Eduardo Cunha Faria, estudioso do tema fala:

"Os anjos existem e estão mais próximos da humanidade do que se supõe. São presenças vivas que comandam forças que interagem no universo, são incontáveis faces ou expressões de Deus em todos os aspectos do cosmo e, como tal são referidos como emissários ou ministros da criação divina" - " As funções dos espíritos angélicos, são a canalização, a retransmissão, o condicionamento e a distribuição da energia divina. "

Qualquer pessoa, segundo Faria, pode entrar em sintonia com os anjos, mas para estabelecer esses contatos (chamados angelofanias), é preciso aprender a conhecer sua linguagem e ouvir os seus sinais, eles conversam através de sonhos, intuições, supostas coincidências. Basta sensibilidade para canalisar-se com seres angélicos.

Fonte: Revista Planeta nº 262



NA BÍBLIA:

Criação dos Anjos:

Anjos não são uma raça, mas uma hoste (exército).

Eles são filhos de Deus (Jó 1:6), e não de outros anjos.

Foram criados num determinado momento, antes da criação do mundo físico (Jó 38:6,7).

Os anjos foram criados num estado de santidade (Judas 1:6).

Eles são inumeráveis (Heb 12:22).

Personalidade dos anjos [cada anjo é uma pessoa]

Intelecto (1Pe 1:12).

Emoções (Luc 2:13).

Arbítrio (resolução dependente da vontade) (Judas 1:6) -- capazes de deixarem o seu primeiro estado.

Natureza dos anjos:

São seres espirituais (Heb 1:14).

Não se reproduzem (Mar 12:25).

São masculinos exceto em Zac 5:9 (gênero feminino usado duas vezes).

Não morrem (Luc 20:36).

São distintos dos seres humanos (Sal 8:4,5). --Não são os espíritos dos mortos.

Possuem grande poder (2Pe 2:11).

Fonte: Humberto Rafeiro



Anjo:



Anjo (do latim angelus e do grego ággelos, mensageiro), segundo a tradição judaico-cristã, é uma criatura celestial - que, na generalidade, a maioria dos crentes das religiões fundadas na revelação bíblica acredita ser superior aos homens - que serve como ajudante ou mensageiro de Deus. Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas brancas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza delicada e de um forte brilho, por serem constituídos de energia, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude. Possuem influência sobre todo o plano orgânico e elemental, sendo assim eles têm como uma de suas missões, ajudar a humanidade em seu processo de evolução.



Segundo a Tradição Católica, são citados apenas três Arcanjos dos quais se saberia o nome: São Miguel (Quem como Deus), São Rafael (Deus Cura), e São Gabriel (Enviado de Deus). Os demais seriam invenção do povo, bem ou mal intencionado.



Afirma ainda que os Anjos não possuem maneiras de conhecer o futuro, possuindo sim uma inteligência muito mais desenvolvida que a nossa, podendo "prever" eventos que fisicamente poderão acontecer, visto que conhecem com precisão todas as regras físicas, como gravidade, densidade, velocidade etc.



Dentro do Cristianismo Esotérico e da Cabala, são chamados de "anjos" os espíritos num grau de evolução imediatamente superior ao do homem e imediatamente inferior ao dos arcanjos.



As hierarquias angélicas no Cristianismo:

No Cristianismo os anjos foram estudados de acordo com diversos sistemas de classificação em coros ou hierarquias angélicas. A mais influente de tais classificações foi estabelecida pelo Pseudo-Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De Coelesti Hierarchia.



Dionísio foi um dos primeiros a propor um sistema organizado do estudo dos anjos e seus escritos tiveram muita influência, mas foi precedido por outros escritores, como São Clemente, Santo Ambrósio e São Jerônimo. Na Idade Média surgiram muitos outros esquemas, alguns baseados no do Areopagita, outros independentes, sugerindo uma hierarquia bastante diferente. Alguns autores acreditavam que apenas os anjos de classes inferiores interferiam nos assuntos humanos.



No Cristianismo a fonte primária ao estudo dos anjos são as citações bíblicas, embora sejam apenas sugestões ambíguas para a construção de um sistema como ele se desenvolveu em tempos posteriores. Os anjos aparecem em vários momentos da história narrada na Bíblia, como quando três anjos apareceram a Abraão. Isaías fala de serafins; outro anjo acompanhou Tobias; a Virgem Maria recebeu uma visita angélica na anunciação do futuro nascimento de Cristo, e o próprio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a tentação no deserto e na cena do horto das oliveiras, quando um anjo lhe ofereceu o cálice da Paixão. São Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos.



Tradições esotéricas cristãs também foram invocadas para se organizar um quadro mais exato. As classificações propostas na Idade Média são as seguintes:



São Clemente, em Constituições Apostólicas, século I:

1. Serafins, 2. Querubins, 3. Éons, 4. Hostes, 5. Potestades, 6. Autoridades, 7. Principados, 8. Tronos, 9. Arcanjos, 10. Anjos, 11. Dominações.



Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, século IV:

1. Serafins, 2. Querubins, 3. Dominações, 4. Tronos, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Anjos, 9. Arcanjos.



São Jerônimo, século IV:

Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Dominações, 5. Tronos, 6. Arcanjos, 7. Anjos.



Pseudo-Dionísio, o Areopagita, em De Coelesti Hierarchia, c. século V:

Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.



São Gregório Magno, em Homilia, século VI:

Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Arcanjos, 9. Anjos.



Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século VII:

1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Principados, 5. Virtudes, 6. Dominações, 7. Tronos, 8. Arcanjos, 9. Anjos.



João de Damasco, em De Fide Orthodoxa, século VIII:

Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Potestades, 6. Autoridades (Virtudes), 7. Governantes (Principados), 8. Arcanjos, 9. Anjos.



São Tomás de Aquino, em Summa Theologica, (1225-1274):

Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.



Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):

Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Arcanjos, 8. Principados, 9. Anjos.



De todas estas ordenações a mais corrente, derivada do Pseudo-Dionísio e de

Tomás de Aquino, divide os anjos em nove coros, agrupados em três trìades:



Primeira Tríade:

A 1ª Ordem é composta pelos anjos mais próximos de Deus, que desempenham suas funções diante do Pai.



Serafins:

Um Serafim é, segundo a Angelologia, um anjo de seis asas.



É comumente aceito como a primeira posição na hierarquia celestial dos anjos, sendo os que estão mais próximos de Deus. A palavra hebraica Saraf (שרף) significa "queimar" ou "incendiar", talvez uma alusão a tradições bíblicas onde Deus é comparado a um "fogo" ou mesmo a um "fogo consumidor". A referência bíblica para "serafim" está em Isaías 6:1-2.



Serafins rodeando o trono de Deus, em iluminura das Petites Heures de Jean de Berry século XIV

Criatura fantástica do tipo dos kerabu, proveniente de KhorsabadO nome serafim vem do hebreu saraf (שרף), e do grego, séraph, que significam "abrasar, queimar, consumir". Também foram chamados de ardentes ou de serpentes de fogo.



É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima. Mantém a ordem do cosmo e são descritos em Isaías como cantando perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas.



O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de inflamar os anjos inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda sombra. Pico della Mirandola fala deles em sua Oração sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescentes do fogo da caridade, e modelos da mais alta aspiração humana.



Querubins:

Querubim (do Hebraico כרוב - "keruv" ou do plural כרובים - keruvim) é uma criatura sobrenatural, espiritual, mencionada várias vezes no Tanach (ou o Antigo Testamento), em livros apócrifos e em muitos escritos judaicos.



Em uma das interpretações, os querubins seriam anjos em segundo lugar na hierarquia celeste, logo abaixo dos Serafins.



Do hebreu כרוב - keruv, ou do plural כרובים - keruvim, os querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como em tradições mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas variantes para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face humana, e a palavra significa em algumas daquelas línguas "poderoso", noutras "abençoado".



No Gênesis aparece um querubim como guardião do Jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após o pecado original. Ezequiel os descreve como guardiãos do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se parecia com som de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se moviam em todas as direções sem se voltar, pois possuíam quatro faces: leão, touro, águia e homem, e eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua onisciência. Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre a Arca da Aliança tinham forma humana, embora com asas.



São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como "plenitude de sabedoria e ciência". A partir do Renascimento passaram a ser representados muitas vezes como crianças pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano.



Têm o poder de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira manifestação. Estão cheio do amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles.



Tronos ou Ofanins:

Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa "anciãos". São chamados também de erelins ou ofanins, ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono de Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se prostram diante de Deus e a Seus pés lançam suas coroas. São os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminação.



Tradições esotéricas cristãs os identificam com os Senhores da Chama da Teosofia ou os Elohim na escola Rosacruz, elevados espíritos que trabalham para o desenvolvimento e iluminação da mente humana, agindo como guardiãos da humanidade.



Segunda Tríade:

A 2ª Ordem é composta pelos Príncipes da Corte celestial, que operam junto aos governos gerais do universo.



Dominações:

As Dominações ou Domínios (do latim dominationes) têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem aos outros anjos as funções e seus mistérios, e presidem os destinos das nações. Crê-se que as Dominações possuam uma forma humana alada de beleza inefável, e são descritos portando orbes de luz e cetros indicativos de seu poder de governo. Sua liderança também é afirmada na tradução do termo grego kuriotes, que significa "senhor", aplicado a esta classe de seres.



São anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser resolvidos logo. Também atuam como elementos de integração entre os mundos materiais e espirituais, embora raramente entrem em contato com as pessoas.



Virtudes:

As Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada. Seu nome está associado ao grego dunamis, significando "poder" ou "força", e traduzido como "virtudes" em Efésios 1:21, e seus atributos são a pureza e a fortaleza. O Pseudo-Dionísio diz que eles possuem uma virilidade e poder inabaláveis, buscando sempre espelhar-se na fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus inferiores.



Orientam as pessoas sobre sua missão. São encarregados de eliminar os obstáculos que se opões ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina providência. Eles são particularmente importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina. Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam bênçãos do alto, freqüentemente na forma de milagres. São sempre associados com os heróis e aqueles que lutam em nome de Deus e da verdade. São chamados quando se necessita de coragem.



Potestades:

As Potestades ou Potências são também chamados de "condutores da ordem sagrada". Executam as grandes ações que tocam no governo universal. Eles são os portadores da consciência de toda a humanidade, os encarregados da sua história e de sua memória coletiva, estando relacionados com o pensamento superior - ideais, ética, religião e filosofia, além da política em seu sentido abstrato.



Também são descritos como anjos guerreiros completamente fiéis a Deus. Seus atributos de organizadores e agentes do intelecto iluminado são enfatizados pelo Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é baseada no espelhamento da ordem divina e não na tirania. Eles têm a capacidade de absorver e armazenar e transmitir o poder do plano divino, donde seus nome [18].



Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. São também os guardiões dos animais.



Terceira Tríade:

A 3ª Ordem é composta pelos anjos ministrantes, que são encarregados dos caminhos das nações e dos homens e estão mais intimamente ligados ao mundo material.



Principados:

Guido Reni: São Miguel, 1636

Fra Angelico; AnunciaçãoOs Principados, do latim principatus, são os anjos encarregados de receber as ordens das Dominações e Potestades e transmití-las aos reinos inferiores, e sua posição é representada simbolicamente pela coroa e cetro que usam. Guardam as cidades e os países. Protegem também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo cultivo de sementes boas no campo das ideologias, da arte e da ciência.



Arcanjos:

O nome de arcanjo vem do grego αρχάγγελος, arkangélos, que significa "anjo principal" ou "chefe", pela combinação de archō, o primeiro ou principal governante, e άγγελος, aggělǒs, que quer dizer "mensageiro". Este título é mencionado no Novo Testamento por duas vezes e a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia: Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é especificamente citado como "O" arcanjo ], ao passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel também seja um arcanjo, não há referências sólidas a respeito. Rafael descreve a si mesmo como um dos sete que estão diante do Senhor, classe de seres mencionada também no Apocalipse .



Considerado canônico somente pela Igreja Ortodoxa da Etiópia, o Livro de Enoque fala de mais quatro arcanjos, Uriel, Ituriel, Amitiel e Baliel, responsáveis pela vigilância universal durante o perído dos Nefilim, os "anjos caídos". Contudo em fontes apócrifas estes são por vezes ditos como querubins. A igreja Ortodoxa faz de Uriel um arcanjo e o festeja com Rafael, Gabriel e Miguel na Synaxis de Miguel e os outros Poderes Incorpóreos, em 21 de novembro.



Seu caráter de mensageiros, ou intermediários, é assinalada pelo seu papel de elo de ligação entre os Principados e os Anjos, interpretando e iluminando as ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e corações humanos para execução de atos de acordo com a vontade divina. Atuam assim como arautos dos desígnios divinos, tanto para os Anjos como para os homens, como foi no caso de Gabriel na Anunciação a Maria.

A cultura popular faz deles protetores dos bons relacionamentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as ações do Maligno.


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quarta-feira, 8 de junho de 2011

OS ANJOS EM DIVERSAS RELIGIÕES

Os anjos são seres angélicos mais próximos do reino humano, o último degrau da hierarquia angélica acima descrita e pertencentes à sua terceira tríade. São figuras importantes em muitas outras tradições religiosas do passado e do presente, e o nome de "anjo" é dado amiúde indistintamente a todas as classes de seres celestes. Os muçulmanos, zoroastrianos, hindus e budistas todos aceitam como fato sua existência, sob variados nomes, mas com descrições e atributos semelhantes.

A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusões a seres celestiais identificados como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo ordens divinas. São citados em vários textos místicos judeus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah.

Na Bíblia são chamados de מלאך אלהים (mensageiros de Deus), מלאך יהוה (mensageiros do Senhor), בני אלוהים (filhos de Deus) e הקדושים (santos).

São dotados de vários poderes supernaturais, como o de se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz e fogo sua aparição é imediatamente reconhecida como de origem divina também por sua extraordinária beleza.

No Budismo e Hinduísmo:

O Budismo e o Hinduísmo descrevem os anjos, ou DEVAS, como os chamam, de maneira semelhante às outras religiões ocidentais. Seu nome deriva da raiz sânscrita DIV, que significa "brilhar", e seu nome significa, então, os "seres brilhantes" ou "autoluminosos". Dizem que alguns deles comem e bebem, e podem construir formas ilusórias para poderem se manifestar em planos de existência diferentes dos seus próprios. O Budismo estabelece uma categorização bastante completa para os seus devas, em grande parte herdada da tradição Hinduísta.



No Islamismo:

Sultão Muhammad: A Mi'raj, ou Ascensão de Maomé, rodeado de anjos. Iluminura, c. 1650A angelologia islâmica é largamente devedora às tradições dos Zoroastrianismo, do Judaísmo e do Cristianismo primitivo, e divide os anjos em dois partidos principais, os bons, fiéis a Deus, e os maus, cujo chefe é Iblis ou Ash-Shaytan, privados da graça divina por terem se recusado a prestar homenagens a Adão

Por outro lado, existe também no Islamismo uma categorização hierárquica. Em primeiro lugar estão os quatro Tronos de Deus, com formas de leão, touro, águia e homem. Em seqüência, vêm o querubim, e logo os quatro arcanjos: Jibril ou Jabra'il, o revelador, intermediário entre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé; Mikal ou Mika'il, o provedor, citado apenas uma vez no Corão (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tão horrorizado com a visão do inferno quando este foi criado que jamais pôde falar de novo; Izrail, o anjo da morte, uma criatura espantosa de dimensões cósmicas, quatro mil asas e um corpo formado de tantos olhos e línguas quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno; e Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trombeta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos de inumeráveis línguas e bocas, quatro asas e uma estatura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu. Por fim, os demais anjos. Como uma classe à parte estão os gênios, ou djins, que possuem muitas características humanas, como a capacidade de se alimentar, propagar a espécie, e morrer, e cujo caráter é ambíguo.



Os anjos no Espiritismo:

Para o Espiritismo, doutrina que tem o Cristianismo por base e foi iniciada no século XIX por Allan Kardec, os anjos seriam os espíritos desencarnados que se comunicam com os vivos, encarnados . Seriam, portanto, aqueles que trazem mensagens do mundo incorpóreo. Por este motivo seriam chamados de anjos, palavra que significa mensageiros, os quais aparecem inúmeras vezes nos textos sagrados de religiões judaico-cristãs, indicando a comunicabilidade entre vivos e mortos. Ainda segundo o Espiritismo, os anjos, em sua concepção mais comumente conhecida e aceita - criaturas perfeitas, a serviço direto de Deus - seriam os espíritos que já alcançaram a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas. Estes, ao fazê-lo, passariam a dedicar a sua existência a fazer cumprir a vontade de Deus na Criação, por serem capazes de compreendê-la completamente.



Na Teosofia

Anatomia esquemática do anjo patrono do santuário de Borobudur, Java, segundo indicações do teosofista Geoffrey Hodson em seu livro O Reino dos Deuses. Sua forma é na verdade esférica, com feixes de luz irradiante, e aqui se mostra em corte. Os círculos regulares concêntricos de sua aura indicam sua avançada evolução. Muitos detalhes foram omitidosA Teosofia admite a existência dos seres angélicos, e várias classes dentre eles, embora existam relativamente poucos estudos neste campo que as sistematizem profundamente, dos quais os de Charles Leadbeater e sobretudo Geoffrey Hodson são as fontes mais ricas e interessantes.



Charles Leadbeater diz que, sendo um dos muitos reinos da criação divina, o reino angélico também está, como os outros, sujeito à evolução, e que existem grandes diferenças em poder, sabedoria, amor e inteligência entre seus integrantes. Pelo mesmo motivo, o de constituírem um reino independente, com interesses e metas próprias, diz que os anjos não existem mormente em função dos homens e seus problemas, como reza a cultura popular, apesar de assistí-los de uma variedade imensa de formas, como por exemplo na ministração dos sacramentos das igrejas, na cura espiritual e corporal dos seres humanos, e na sua inspiração, encorajamento, proteção e instrução.



Os anjos são descritos por Hodson como tendo uma atitude em relação a Deus completamente diversa da humana, não concebendo uma existência personalizada individual, mas sim uma consciência única central e ao mesmo tempo difusa e onipresente, de onde suas próprias consciências derivam e à qual estão inextrincavelmente ligadas. Sentem-se unidos a esta consciência e para eles não é possível, exatamente por esta unidade, experimentarem egoísmo, separatividade, desejo, possessividade, ódio, medo, revolta ou amargura. Apesar de serem essencialmente seres amorosos, seu amor é impessoal, sendo extremamente raras associações estreitas com quaisquer indivíduos. Em seu estudo Hodson os divide em quatro tipos principais, associadas aos quatro elementos da filosofia antiga: terra, água, fogo e ar.



Hodson faz também uma associação dos anjos com a Árvore Sefirotal, derivada da tradição Cabalística, definindo dez ordens. Afirma que um dos aspectos do Logos é de natureza angélica e acrescenta que ao reino angélico pertencem os chamados espíritos da natureza. Muitos destas classes estão envolvidos em processos naturais básicos como a formação celular e cristalização mineral, sendo por isso de dimensões microscópicas. Outros, já maiores, são os silfos, as salamandras, as fadas, dríades, ondinas e os variados espíritos da natureza conhecidos desde a antigüidade em várias culturas, constituindo os primeiros degraus da sua longa evolução em direção aos anjos planetários e formas ainda mais grandiosas como os grandes arcanjos solares, de estatura verdadeiramente colossal, a ponto de poderem ser percebidos de pontos próximos à extremidade externa do sistema solar. Suas descrições dão uma vívida idéia da importância destes seres na manutenção da ordem cósmica e na manifestação do universo desde sua origem insondável até as formas físicas, passando por todos os degraus intermédios. Em seu livro O Reino dos Deuses oferece uma série de ilustrações do aspecto dos vários tipos de anjos, diferindo radicalmente das tradicionais representações angélicas da cultura ocidental, e diz que apesar disso ambos, anjo e homem, derivam suas formas de um mesmo arquétipo




Na Astrologia

Algumas tradições astrológicas atribuem nomes para os anjos "embaixadores" dos planetas na Terra, responsáveis pela influência desses planetas na vida do homem. São eles:



Miguel: é o embaixador do Sol

Gabriel: é o embaixador da Lua

Rafael: é o embaixador de Mercúrio

Anael: é o embaixador de Vênus

Samael: é o embaixador de Marte

Saquiel ou Zacariel: é o embaixador de Júpiter

Cassiel ou Orifiel: é o embaixador de Saturno

Os anjos embaixadores de Urano, Netuno e de planetas-anões como Plutão e Éris geralmente não são mencionados por não serem planetas conhecidos desde a antigüidade. Alguns astrólogos propuseram o nome Ituriel para o anjo embaixador de Urano.
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nomes dos principais Anjos Caídos e suas atribuições:

A hierarquia do mal é dividida em Reinos, Principados, Domínios... seguindo o exemplo da cabala dos anjos.

Há demônios patronos e governantes de países e regiões, do mesmo modo que há santos e anjos celestes patronos e padroeiros.

Os demônios se organizam em bandos ou legião.

Os nomes e atribuições aqui relacionados estão baseados nas tradições cristãs e mulçumanas, podendo variar de acordo com seitas e outros grupos de pesquisadores.



ASTAROTH: Ex-querubim celeste, sua função é a do controle do inferno.

ASMODEUS: Demônio hebreu, seu domínio é a ira e a luxúria.

ABRAMALECH: Demônio guardião e servo de Lúcifer.

ARIMÃ: Príncipe de uma legião de demônios, tradição persa.

BAALLBERITH: Demônio do assassinato e da blasfêmia, ex-líder dos querubins celeste, braço direito de Lúcifer.

BELIAL: Demônio da loucura e arrogância. Um dos demônios do apocalipse

BESTA DO APOCALIPSE: Demônio que terá seu reino no apocalipse, assim como Belial. Alguns acreditam que A Besta do Apocalipse e Belial irão se unir no fim dos tempos, formando assim um único ser.

BELZEBU: Príncipe dos demônios e senhor das Moscas é um dos governantes do inferno, seu domínio é o orgulho. É considerado a encarnação do mal absoluto. Era um antigo deus do Mediterrâneo oriental.

DEMÔNIOS: Anjos caídos, também chamados de: INÍQUOS, ESPÍRITOS INÍQUOS, ANJOS DE LUZ.

DINJs: Tipo de demônio, anjos caídos, gênios contrários, gênio. Dependendo da tradição, existem Dinjs do fogo, água, ar e terra. Seus domínios são; desejo e ambição.

GÊNIOS CONTRÁRIOS: Tipos de demônios, anjos caídos, com domínios contrários aos dos anjos celestiais.

IBLIS: Senhor do inferno, tradição mulçumana.

LEVIATÃ: Príncipe dos demônios, seu domínio é a heresia.

LÚCIFER: O rei do inferno, ex-arcanjo de Deus, líder da rebelião dos anjos contra o domínio único de Deus.

NERGAL: Poderoso demônio sumeriano. Na tradição cristã assumiu o comando de policiamento.

PAZUZU: Rei dos Espíritos malignos, ele pode possuir o corpo de um ser humano, possessão.



Diabo, estes nomes são usados frequentemente para referi-lo:
Asmodeus
Azazel
Belzebu
Cadreel

Demo
Lúcifer
Mastema
Mefistófeles
Satã

Satanãs
Sier


Apesar de diversificado, na demonologia clássica, alguns desses nomes referem-se a entidades diferentes, os Arquidemônios. Esses são antigos arcanjos que decidiram seguir a Lúcifer.

Representam os pecados capitais:
Abramalech - Arquidemônio que representa a avareza.
Asmodeu - Arquidemônio que representa a luxúria.
Astaroth - Arquidemônio que representa a inveja.
Baalberith - Arquidemônio que representa gula.
Belial - Arquidemônio que representa a ira.
Nergal - Arquidemônio que representa a soberba.
Pazuzu - Arquidemônio que representa a preguiça.

Outros nomes:
Ahriman - Demônio mazdeano.
Apollyon - Sinônimo grego para Satan, o arquidemônio.
Baphomet - Adotado pelos templários como símbolo de Satan.
Beherit - Nome sírio para Satan.
Bile - Deus celta do inferno.
Demogorgon - Nome grego para Demônio,( diminutivo Gorgo ).
Drácula - Nome romeno para demônio.
Emma-O - Regente japonês do inferno.

Nomes populares do Diabo:
Aquele que Desvia
Aurelinho
Azarape
Bajujo

Beiçudo
Cabrunco
Cão
Canhoto
Capa-Verde
Capeta
Capiroto
Chifrudo
Coisa-Ruim
Cramulhão
Crinado
Danado
Demo
De trás da porta
Dos Quintos
Encardido
Espírito-de-Porco
Excomungado
Ferra-Brás
Guaxumão
Indesejado
Lá de baixo
Mau

Medonho
Mefisto
O que nunca se ri

Pai da Mentira
Pastor Negro
Pé Cascudo
Pé-de-Bode
Pé-Preto
Pedro Botelho
Peneireiro
Príncipe, Rei ou Senhor das Trevas
Príncipe, Rei ou Senhor dos Infernos
Rabo-de-Seta
Ranheta
Renegado
Sarnento

Satã
Satanás
Sete-peles
Temba
Tinhoso

Traidor
Tranca-Rua
Wilson
Zarapelho


Fonte(s):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_n…

domingo, 29 de maio de 2011

UM POUCO SOBRE CANDOMBLÉ

O termo "candomblé" era usado inicialmente para designar apenas certo tipo de dança, mas passou a significar também o próprio ritual religioso dos negros africanos. A principal diferença entre os vários tipos de candomblé existentes no Brasil é a origem étnica. Existem, entretanto, quatro características comuns e importantes para caracterizá-lo como de origem africana: a possessão pela divindade, o caráter pessoal da divindade, o oráculo e o despacho de Exu.



Há quem faça distinção entre o candomblé e a umbanda enquanto rituais. Ambos são religiões afro-brasileiras, mas a umbanda se caracteriza pela mistura do candomblé e do espiritismo, estando, dessa forma, voltada para os feitiços. O termo quimbanda, é usado para definir a parte da umbanda que é voltada para magia negra, conhecida como: macumba. No candomblé utilizam-se mais as danças e os trabalhos com forças advindas da natureza, como as do mar, do fogo, do ar, dos rios e florestas, representadas pelos orixás.



O candomblé praticado atualmente se encontra modificado, marcado por forte sincretismo religioso, decorrente das influências culturais dos brancos e indígenas. Essa foi uma alternativa de sobrevivência da religião. Entretanto, nos dias de hoje, observa-se a tentativa de retomar as tradições africanas, afastando os elementos católicos de seus rituais.



O candomblé distingui-se dos outros cultos por não ser praticado diante do altar, mas dançado de forma primitiva nos terreiros, com cantos envolventes ao som do agogô e do atabaque, considerado instrumento sagrado por transmitir a mensagem dos deuses.



Acredita-se que durante o ritual os orixás descem do mundo desconhecido e incorporam-se em seus filhos, chamados cavalos, concedendo-lhes poderes de atuação para o bem e para o mal. Os filhos-de-santo, na maioria do sexo feminino, são os sacerdotes dos orixás, assim como os padres são os representantes de Deus na Igreja Católica. Nem todo, porém, são preparados para "receber" os santos. Existem os que cuidam dos cavalos quando os orixás "baixam", os que sacrificam os animais, os que tocam os atabaques e os que preparam a comida. Os búzios, usados como instrumento de adivinhação, é que vão dizer qual a função de cada um.





O Candomblé, em sua essência Yorùbá foi deturpando-se no geral com o passar dos séculos, desde a chegada dos primeiros negros oriundos da África, particularmente da Nigéria e do Dahomé (a atual República Popular de Benin), sendo que os de origem Yorùbá foram dos últimos a chegarem ao Brasil, já próximo ao término da escravidão.

Por sua diferença de maneiras (embora se diga que não) foram aproveitados em grande número como escravos domésticos, pois eram considerados mais refinados. Mas, com a sua adaptabilidade do tão conhecido jeitinho brasileiro, moldou-se segundo a nossa personalidade, adaptando-se e forjando-nos como Afro-brasileiros, para nos classificarmos, se assim se pode dizer.


A nossa religião é uma das mais belas e originais manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuanças com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem também própria e particularizadas, apesar de variada.



A Linguagem Oral: através da qual se expressa os orins (cânticos), àdúràs (rezas), Ofos (encantamentos) e oríkìs (louvações). É através dela que se conversa com os Òrìsàs.



Nossa religião é eminentemente de transmissão oral, e a despeito disso, preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia com sua língua. litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo, pelas pessoas mais proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito.



A língua oficial nos cultos Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà, é o Yorùbá, que apesar disso é também muito utilizada nos cultos de origem Angola e Jeje, que são oriundos de países e culturas diferentes.



Apesar de pouco conhecido pela grande maioria dos adeptos da religião, o yorùbá é amplamente falado de maneira empírica apenas mecânica e meramente Mimética, repetindo-se o que foi dito e decorado

anteriormente.



Diz algumas pessoas, que o Yorúbá é uma língua morta e está para o culto aos Òrìsà assim como o Latin está para o Catolicismo. Mas, isso é um engano, yorùbá é uma língua viva e dinâmica e é falado ainda nos dias atuais por cerca de 20 a 25% da população da Nigéria e possui elevado número de dialetos, cuja língua oficial é o Inglês, introduzido ali pelos colonizadores.



No Benin, são mais ou menos 20 a 25% também de sua população, dentre outrostantos dialetos, que falam o Yorùbá como sua primeira língua ou segunda, dependendo do aculturamento.



O Yorùbá é a primeira língua de aproximadamente 30 milhões de Africanos Ocidentais, e é falada pelas populações no Sudoeste da Nigéria, Togo, Benin, Camarões e Serra Leone.





A língua também sobreviveu em Cuba (onde é chamada de Lukumi) e no Brasil (onde é chamada Nagô), termo que inicialmente era usado pejorativamente, querendo significar "gentinha, gentalha, ralé".





À parte de vários dialetos, existe o Yorùbá padrão, que é usado para propósitos educacionais, (e.g., em jornais, revistas, no rádio, TV e em escolas). Esta forma padrão é compreendida por oradores dos vários dialetos que atuam como tradutores do Yorùbá oficial para o dialetal e vice-versa.



No Brasil o interesse pelo Yorùbá dá-se principalmente entre as pessoas adeptas da Religião dos Òrìsà, que recebe o nome genérico e popular de Candomblé, não importando a origem se Yorùbá, Fon (Jeje) ou Bantu (Angola).





O Candomblé nasceu da necessidade dos negros escravos em realizarem seus rituais religiosos que no princípio eram proibidos pelos senhores de escravos. E para burlar essa proibição, os negros faziam seus assentamentos e os escondiam, preferencialmente fazendo um buraco no chão, cobrindo-os e por cima colocavam e dançavam para seus Òrìsà, dizendo que estavam cantando e dançando em homenagem àquele santo católico; daí. nasceu o sincretismo religioso, que foi abandonado mais tarde pela maioria dos adeptos do Candomblé tradicional, com o "término" da escravidão e mais concretamente quando o Candomblé foi aceito como religião com a liberdade de culto garantida pela Constituição Brasileira.



À primeira vista para os leigos, o Candomblé é uma coisa só. Mas, não é bem assim. Existem vários grupos, onde o mais expressivo, sem dúvida, é o grupo Yorùbá (na atualidade). Na época do tráfico de escravos, vieram muitos negros oriundos de Angola e Moçambique: os Bantos, Cassanges, Kicongos, Kiocos, Umbundo, Kimbudo, de onde se originou o “Candomblé Angola”, facilmente reconhecido por quem é da religião, pela maneira diferente de falar, cantar, dançar e percutir os tambores, o que é feito com as mãos diretamente sobre o couro com ritmos e cadências próprios, alegres e ligeiros.





É o Candomblé de onde se originou o Samba, que tomou emprestado o próprio nome, que em Kimbundo significa "oração". É também origem do "Samba de roda", que era feito como recreação, principalmente pelas mulheres, após os afazeres rituais, dançando e cantando dizeres em sua maioria jocosos e galhofeiros. Mais tarde assimilado pelo Samba de Caboclos, aí já em sua versão mais “abrasileirada” como um culto ameríndio que era feito pelos Caboclos, aí já incorporados em seus "cavalos" e já em idioma aportuguesado com versos chamados de "sotaque". Isto, porque quase sempre eram parábolas ou charadas que poucos entendiam. muito em voga ainda hoje.





Acha-se que este Samba de Caboclos foi o embrião da Umbanda, onde nasceu o culto aos Òrìsà cantado e falado em português, fazendo assim a nacionalização dos Òrìsà Africanos, que algumas pessoas faziam objeção por causa de ter uma língua estrangeira não bem aceita pelos já nascidos brasileiros e que foram perdendo os conhecimentos da língua ancestral, principalmente por causa do analfabetismo.



A Umbanda é a mistura do Culto aos Òrìsà, do Catolicismo e do Kardecismo, resultando numa religião Brasileira, que hoje em dia é até exportada para os países vizinhos, principalmente os do cone Sul, como Argentina, Paraguai e Uruguai, onde existem até confederações de Umbanda e onde o Brasil está para eles, assim como a África está para nós.



A origem da força cultura Yorùbá foi demonstrada em uma das guerras havidas entre o Dahomé e a Nigéria, mais ou menos no meado para o final do século dezesseis, em que o Estado de Kétu, teve praticamente metade do seu território anexado ao Dahomé como espólio de guerra após sua população juntamente com a de Meko, ter sido saqueada e parte dela capturada como escravos perdurando essa anexação militar até os dias atuais.



Como Resultado dessa guerra, muitos foram capturados de ambos os lados, e foram vendidos aos Portugueses como escravos. Foi quando, já ao final do século, começaram a chegar tantos os escravos de origem Ewe-Fon, conhecido popularmente por Jejes, oriundos do Benin, antigo Dahomé, que foram capturados pelos Yorùbá, com a recíproca, dos Yorùbá capturados pelos Ewe-Fon, também vendidos como escravos.



Os Yorùbá em sua maioria, eram oriundos de Kétu, o território anexado. Mas, também vieram negros trazidos de outras áreas Yorùbás como Òyó, Ègbá, Ilesá, Ifón, Abeokuta, Iré, Ìfé, etc.



Estes dois grupos (Jeje e Yorùbá) quando chegaram ao Brasil, continuaram inimigos ferrenhos e não havia hipótese de um aceitar o outro. Mas, eram indivíduos de tradições sociais religiosas tribais, e não podiam sobreviver sozinhos. Então procuraram unirem-se em virtude da condição cativa de ambos. Essa união era difícil tanto pela barreira do idioma, pois eram vários e diferentes em dialetos, quanto pelo ódio que alguns nutriam contra os outros do que os Senhores de escravos e Feitores se aproveitavam em tirar proveito para fomentar mais ainda a animosidade entre eles.



Pois, os Senhores de Engenho principalmente, temiam a união do grande número de escravos, o que certamente poderia colocar em risco a segurança dos brancos. Então, quando eles permitiam que os negros se reunissem no terreiro para cantar e dançar, estimulava-lhes a que fizessem "rodas" separadas, somente com seus compatriotas, onde os Kétu não misturavam-se aos Jejes nem Bantu e assim também os outros faziam o mesmo eles próprios com relação aos outros. Mas, com o tempo essa tática foi deixando de dar certo, porque os negros entenderam que sua maior fraqueza era a sua própria desunião, e resolveram se unir para facilitar um pouco à sobrevivência, unindo-se contra o inimigo comum, isto é, o branco. Isso é mais evidenciado com a instituição dos quilombos, que eram focos de resistência dos negros fujões, e que não se curvavam à escravidão.



Na nossa religião nós cantamos, oramos e, até dialogamos em Yorùbá com pequenas frases e termos usuais do dia-a-dia nas casas de culto com a assimilação de um até vasto vocabulário, se levarmos em consideração as condições em que se deu a preservação disto.



É de suma importância às linguagens da nossa religião, sobretudo, a oral porque a entendendo, entenderemos os rituais e poderemos nos comunicar com os nossos Òrìsà e Ancestrais, através da palavra.



Se não souber falar Yorùbá a pessoa falará aos emane em português

mesmo, os Òrìsà ouvirão e atenderão da mesma maneira. O que é mais importante é a fé e a sinceridade com que nos dirigimos a eles. Contudo, se nos comunicamos em Yorùbá é muito mais gratificante a emoção que sentimos ao saber que o fazemos da mesma maneira que os nossos Ancestrais faziam há vários séculos atrás em nossa Língua Mãe, religiosa.



Então, nós louvamos, elogiamos, exaltamos, enaltecemos os imalè noculto aos Òrìsà, no Candomblé, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos antepassados, negros oriundos de vários lugares d'África, atravessando os séculos e chegando até nossos dias. As cantigas são um modos de enaltecer e glorificar fatos e feitos relacionados com determinado Òrìsà, reportando-se à mitologia daquele Òrìsà.



Louvar é: Elogiar, dirigir louvores, exaltar, enaltecer, etc. Isto nós o

fazemos diuturnamente no culto aos Òrìsà, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos ancestrais negros que nos ensinaram como fazê-lo através dos séculos desde então, da mesma maneira como eles o faziam. Essas maneiras são variadas e diversas embora, aos olhos do leigo possa parecer tudo a mesma coisa .



Dessas maneiras, a mais popular é o ORIN (a cantiga-música). Com ela nós ouvamos qualquer orixá ou imalè (espíritos). As cantigas são modos de enaltecer e glorificar os fatos e feitos relacionados a determinado Òrìsà ou imalè, reportando um acontecimento ligado à mitologia daquele Òrìsà.



Portanto, aprender a cantar corretamente e rezar para louvar os Orixás faz-se necessário inclusive, para um maior conhecimento e entendimento das suas lendas.



Fontes:

Texto de Altair T’Ogun

Adaptado por Lokeni

Link: http://www.orixas.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=category§ionid=4&id=25&Itemid=122


http://www.rosanevolpatto.trd.br/festacandomble1.htm